Ter um Amigo

Ter um amigo é maravilhoso!




Ser amigo de alguém é ainda melhor.


É como acordar pela manhã e sentir o sol a brilhar...


Amigo é alguém com quem nos sentimos bem.







Um amigo de verdade é muito mais que isso.


É alguém que pensa em você


Quando não estás por perto.


Alguém que bate com os dedos na madeira


Quando tens que fazer coisas difíceis.






Nunca se está realmente só quando se tem um amigo.


Um amigo ouve o que você diz.


Tenta compreender o que não sabes dizer.


Um amigo não está sempre de acordo contigo.


Amigo mesmo é aquele que te


Questiona e te obriga a pensar honestamente.







Um amigo gosta de você, mesmo que faças asneiras.


Um amigo ensina-te a gostar de coisas novas.



Amigo é alguém que tem sempre tempo para você.

Alguém que pensa em você,


Ouve-te e ajuda-te a descobrir quem realmente você é.


Alguém que te ajuda a descobrir coisas novas e interessantes.


Alguém que está com você e não tem pressa em te acompanhar.


Alguém em quem você pode acreditar.







Amigo é uma palavra bonita.


Na verdade é quase a melhor palavra.

Não vivas tão apressado que


Nem vejas que há alguém que quer ser teu amigo.

Quem tem um amigo tem um tesouro!



Um Defeito na Mulher




Quando Deus fez a mulher já estava em seu sexto dia de trabalho fazendo horas extras.

Um anjo apareceu e Lhe disse: 'Por que leva tanto tempo nisto?'

E o Senhor respondeu: 'Já viu a minha ficha de especificações para ela?'

Deve ser completamente lavável, mas sem ser de plástico, ter mais de 200 peças móveis e ser capaz de funcionar com uma dieta de qualquer coisa, até sobras, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelho arranhado até um coração partido e fará tudo isto somente com duas mãos.'

O anjo se maravilhou com as especificações.

'somente duas mãos....

Impossível e este é somente o modelo básico?

É muito trabalho para um dia...Espere até amanhã para terminá-la.'

Isso não, protestou o Senhor. Estou tão perto de terminar esta criação que é favorita de Meu próprio coração. Ela se cura sozinha quando está doente e pode trabalhar jornadas de 18 horas.

O anjo se aproximou mais e tocou a mulher.

Mas o Senhor a fez tão suave..
'É suave', disse Deus, mas a fiz também forte. Você não tem idéia do que pode agüentar ou conseguir.

'Será capaz de pensar?' perguntou o anjo.

Deus respondeu: 'Não somente será capaz de pensar, mas também que raciocinar e de negociar'.

O anjo então notou algo e estendendo a mão tocou a bochecha da mulher.... 'Senhor, parece que este modelo tem um vazamento...

Eu Lhe disse que estava colocando muita coisa nela...'

'Isso não é nenhum vazamento... é uma lágrima' corrigindo-o o Senhor...

'Para que serve a lágrima,' perguntou o anjo.

E Deus disse: 'As lágrimas são sua maneira de expressar seu destino, sua pena, seu desengano, seu amor, sua solidão, seu sofrimento, e seu orgulho.'

Isto impressionou muito ao anjo 'O Senhor é um gênio, pensou em tudo.

A mulher é verdadeiramente maravilhosa'

Sim é! A mulher tem forças que maravilham aos homens. Agüentam dificuldades, levam grandes cargas, mas têm felicidade, amor e alegria. Sorriem quando querem gritar. Cantam quando querem chorar. Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas. Lutam pelo que crêem. Enfrentam à injustiça. Não aceitam 'não' como resposta quando elas creem que há uma solução melhor. Privam-se para que a sua família possa ter. Vão ao médico com uma amiga que tem medo de ir. Amam incondicionalmente. Choram quando seus filhos triunfam e se alegram quando seus amigos ganham prêmios. Ficam felizes quando ouvem sobre um nascimento ou um casamento.
Seu coração se parte quando morre uma amiga. Sofrem com a perda de um ente querido, entretanto são fortes quando pensam que já não há mais forças. Sabem que um beijo e um abraço podem ajudar a curar um coração partido.
Entretanto, há um defeito na mulher: "É que ela se esquece o quanto vale."

Amar Sem Possuir


-> Ninguém merece ser sozinho...

O seu coração sabe disso, porque certamente já experimentou o amargo sabor da solidão. É no encontro com o outro que o eu se afirma e se constrói existencialmente. O outro é o espelho onde o eu se solidifica, se preenche, se encontra e se fortalece para ser o que é. O processo contrário também é verdadeiro, pois nem sempre as pessoas se encontram a partir desta responsabilidade que deveria perpassar as relações humanas.
Você, em sua pouca idade, vive um dos momentos mais belos da vida. Você está experimentando o ponto alto dos relacionamentos humanos, porque a juventude nos possibilita ensaiar o futuro no exercício do presente. Já me explico. Tudo o que você vive hoje será muito importante e determinante para a sua forma de ser amanhã.

Neste momento da vida, você tem a possibilidade de estabelecer vínculos muito diversificados. Família, amigos, grupos de objetivos diversos, namorados e namoradas. Principalmente esses últimos, que não são poucos. Namora-se muito nos dias de hoje, porque as relações humanas estão cada vez mais instáveis e, por isso, menos duradouras.
Parece que o amor eterno está em crise.
-> Que o seu amor não seja único.

Quando paramos para pensar um pouco, chegamos à conclusão de que o problema está justamente na forma como estabelecemos os nossos relacionamentos.

O grande problema é que geralmente investimos todas as nossas cartas naquela pessoa nova que chegou. Ela passa a centralizar a nossa vida, consumindo nosso tempo, nossos afetos, nossos pensamentos e nossas energias. Tudo passa a convergir para ela e, com isso, vamos reduzindo o nosso círculo de relações. O outro vai tomando tanto nossa atenção que, aos poucos, até mesmo a família vai sendo esquecida.

Porém, quando esquecemos de cultivar estes vínculos que até então faziam parte de nós, vamos criando lacunas afetivas dentro do nosso coração. É nesse momento que a confusão acontece, pois todas as necessidades começam a ser preenchidas pela pessoa enamorada.

Com o passar do tempo, ela começa a carregar um fardo muito pesado, pois passou a exercer a função de pai, mãe, irmão e amigo, quando na verdade ela é apenas um namorado, ou namorada.

-> Cada forma de amor no seu lugar



Essa relação começará ser muito pesada para ambos. Será
fortemente marcada pela dependência, pelas cobranças e pelo ciúme. Ambos passam a viver uma insegurança muito grande, pois nunca sabem ao certo o papel que exercem na vida um do outro. O amor deixa de ser amor e passa a ser sentimento de posse, como se o outro fosse uma propriedade adquirida, pronta para atender todos nossos desejos.

Quando o coração humano identifica esse sentimento de posse, ele tende a se esconder de si mesmo e, conseqüentemente, dos outros. Teme que alguém venha quebrar o encanto, mostrando que não existe nenhuma história de amor e que ambos viraram sapos. E, o pior, acorrentados.

Mas a mudança é sempre possível. Só é preciso que sejamos honestos. Se por acaso você se identificou com esta possessiva e conturbada forma de amar, vale à pena buscar uma ajuda. Comece a canalizar melhor os seus afetos. Não os direcione a uma única pessoa. Tenha amigos, cultive-os. Redescubra sua casa, seus pais, seus irmãos, mesmo que existam problemas entre vocês. Deixe aflorar os afetos que ficaram adormecidos dentro de você. Não coloque sobre a pessoa que você diz amar a responsabilidade de ser o centro do seu mundo, nem se sinta deixado de lado o dia em que ela disser que não vai lhe ver, porque precisa ficar com a família. É que existem momentos que o colo da mãe é muito mais necessário do que o seu.

É duro de ouvir isso? Pois é, muito mais duro é não compreender!

Pe Fábio de Melo - SCJ

Maria, a Maior Educadora da História


Educar é viajar pelo mundo do outro sem nunca penetrar nele. É usar o que passamos para nos transformar no que somos.


O melhor educador não é o que controla, mas o que liberta. Não é o que aponta os erros, mas o que os previne. Não é o que corrige comportamentos, mas o que ensina a refletir. Não é o que enxerga o que é tangível aos olhos, mas o que vê o invisível. Não é o que desiste facilmente, mas o que estimula sempre a começar de novo.

O excelente educador abraça quando todos rejeitam, anima quando todos condenam, aplaude os que jamais subiram no pódio, vibra com a coragem de disputar dos que ficaram nos últimos lugares. Não procura o seu próprio brilho, mas se faz pequeno para tornar seus filhos, alunos e colegas de trabalho grandes.

O excelente mestre não é o que mais sabe, mas o que mais tem consciência do quanto não sabe. Não é o viciado em ensinar, mas o mais ávido em aprender. Não é o que declara os seus acertos, mas o que reconhece suas próprias falhas. Não é o que deposita informações na memória, mas o que expande a maneira de ver, de reagir e de ser.

Educar é a tarefa intelectual mais fascinante e, ao mesmo tempo, a que mais revela nossa impotência. Se educar uma criança ou adolescente é uma incumbência

dificílima, imagine educar a criança mais instigante que pisou nesta terra, o menino Jesus?

Que educador daria conta dessa missão? Desde pequeno ele era especialista em perguntar. Questionava, indagava, queria saber tudo. Quem estaria intelectualmente preparado para educar aquele que se tornaria o Mestre dos mestres? Que pais? Que universidade? Que teólogos? É tão fácil errar nessa área. É tão fácil transmitir nossos traumas, inseguranças, medos, manias para nossos filhos e alunos.

Havia milhares de candidatos. Mas uma jovem destacou-se diante do olhar clínico apuradíssimo do Autor da existência. Seu nome: Maria. Maria é a forma helenizada do nome hebraico Miriã.

Mas é estranho. Maria aparentemente era frágil, muito jovem e inexperiente. O que ela tinha de tão especial do ponto de vista psiquiátrico, psicológico e psicopedagógico?

E mais estranho ainda. Antes de iniciar sua arriscadíssima e dificílima missão, ela previamente recebeu a notícia de que se tornaria a mais elogiada mulher da História. Receber o trofeu antes de iniciar a corrida não contaminaria de orgulho o esportista? Não o distrairia da sua meta e frustraria sua jornada? Por que foi depositada nela tanta confiança?

Sob o olhar da ciência é possível vislumbrar que muitas coisas no relacionamento de Maria com o Deus Altíssimo e com o menino Jesus romperam o cárcere da rotina. Foi inusitado.

Por que o Deus Todo-Poderoso descrito na Bíblia não escolheu um grupo de notáveis intelectuais entre os escribas e fariseus para educar seu filho? Por que não incumbiu uma casta de sacerdotes judaicos, que conhecia os rituais religiosos, para educar o menino Jesus? Por que não escolheu especialistas em filosofia grega para formar o homem que dividiria a História?

Uma adolescente foi escolhida. Não era rica, não pertencia a uma linhagem de alta classe e ainda por cima morava numa região socialmente desprezada, a Galiléia.
 
Augusto Cury

O Cristão e o Amor Mundano




Falando sobre o amor cristão, temos em mente algo completamente diferente daquele amor de que o mundo fala. E isso eu acredito ser muito importante compreender.


Quando falamos de amor para com o mundo, temos duas linguagens diferentes.

Para o mundo, o amor é algo puramente emocional e sentimental, enquanto que o amor cristão não é necessariamente um amor emocional.

Leia alguma história de amor, veja um filme onde existam duas pessoas que se apaixonam e imediatamente você poderá sentir profundamente a filosofia do amor mundano.

A mentalidade de hoje é que quando o marido não sente mais atração, sentimento ou emoções com relação à sua esposa para ele isto significa que ele não a ama mais. E, assim, o único caminho que resta para eles é o divórcio. Se eu não sinto nada com relação a você, então significa que não há em mim nenhum amor por você. É por isso que hoje muitos casais se separam, porque, para a maioria, amor significa meramente um sentimento, uma emoção, uma atração. A partir do momento em que esta emoção não existir mais... Já não haverá mais amor!

Mas o amor cristão é algo diferente. Não significa necessariamente que devamos excluir a emoção, mas, do que simples emoção, é uma decisão. O amor cristão não é uma emoção, mas uma decisão. Eu não o amo necessariamente porque eu sinto alguma atração por você, mas eu o amo porque simplesmente eu “decidi” te amar.

Um Pedaço de Mármore nas Mãos de Jesus




Certamente, você sabe a respeito das belas esculturas de Michelângelo no Vaticano e em Florença: Davi, Moisés e a Pietà. Para Michelângelo era suficiente ter em suas mãos um pedaço de mármore e, a partir daí, ele era capaz de criar uma bela figura.


Mas imagine que o mesmo pedaço de mármore estivesse nas mãos de uma pessoa comum e não nas mãos do artista. Essa pessoa comum poderá fazer com um pedaço de mármore, no máximo, uma bacia ou uma pia. E é o mesmo pedaço de mármore! Mas tudo depende de quem irá trabalhar nele. O pedaço de mármore nas mãos de Michelângelo se transformará numa bela obra de arte. Mas nas mãos de um cidadão comum se tornará apenas num produto simples.

É um desafio enviado hoje a todos nós. Vocês são esse pequeno pedaço de mármore, e esse pequeno pedaço de mármore poderá se tornar uma obra de arte ou uma bacia ou uma pia.

        Se você se entregar nas mãos de Jesus, então você poderá se tornar uma
obra-prima. Mas se você se entregar não a Jesus, mas à opinião pública ou à opinião do meio onde você vive, então poderá se tornar apenas a alguma bacia e não uma obra-prima.

Alguém poderá pensar que, quando estou me entregando nas mãos de Jesus, estou destruindo a minha própria personalidade ou a minha própria identidade. E isso não é verdade.

     Se você simplesmente olhar para a Virgem Maria ou para São Francisco de Assis, que se entregaram totalmente a Jesus, e olhar o que Ele realizou neles, então acho que você poderá mudar sua opinião.

Hoje Jesus está me dizendo: “Dá-me a chance. Dá-me a oportunidade de te amar. Dá-me a chance de realizar o plano que eu tenho para ti. Dá-me a oportunidade de fazer de ti uma obra-prima”.

Há somente uma condição: Jesus nada fará sem o seu consentimento. Ele é realmente apaixonado por aquela liberdade que Ele nos deu. Não quer nada violentamente ou agressivamente. Ele o fará somente se você der uma chance a Ele.

Sem o “sim” dela, Ele não teria tomado a liberdade de selecionar a Virgem Maria como sua mãe. Ele precisou do “sim” dela. Quando ele chamou São Paulo para fazer dele um belo instrumento em Suas mãos, Ele primeiramente pediu o consentimento dele.

O mesmo Ele fez com São Francisco de Assis. Ele perguntou-lhe: “Francisco, a quem queres servir?. Ao servo ou ao Mestre?”. E Ele esperou por uma resposta antes que começasse a trabalhar com ele e nele.

Meus queridos, Jesus nunca vem de forma violenta em sua vida. Ele vem sempre muito gentilmente. Ele está esperando impacientemente para que você dê a Ele uma chance. Ele está esperando por seu “sim”. Agora tudo depende de você e de sua resposta sincera.


Ame com Amor




Encontre nos seus sentimentos a sua alegria...


Não procure nos valores materiais a sua tristeza.

Ame... Ame com amor

e jamais com interesse...

O carro é frio e insensível...

As roupas bonitas e coloridas

não representam nenhuma emoção...

O físico forte é atraente mas, às vezes, decepcionante...

Sim, tudo é belo, mas nada é real a não ser que você...

Ame... Ame com amor,

Pois vivemos em função desse sentimento tão nobre...

Aquilo que é material degenera e enferruja...

O dinheiro maltrata e mata...

As casas e prédios o tempo consome...

As roupas saem da moda... O corpo apodrece...

O mundo acaba... Mas o amor fica!

Ame... Ame com Amor...

Não pense naquilo que você pode ganhar,

Mas no amor que você vai sentir.

Ame... Ame com amor,

E jamais finja que o sente sem realmente senti-lo...

Ame... Ame sem carro, sem moto,

Pois o que vale é o coração...

Ame... Mas jamais esqueça:

AME COM AMOR!

Pensar é Transgredir




Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos, para não morrermos soterrados na poesia da banalidade, embora pareça que ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência : isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante : "Parar pra pensar, nem pensar !"


O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.

Sem ter programado, a gente pára pra pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar : reavaliar-se .

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.


Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Se nos escondemos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.


Viver, como talvez morrer, é recriar-se : a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.


Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

Lya Luft

A Força dos Bons Momentos



Nem tudo na vida é sofrimento e luta, problemas e adversidades, como costumam dizer os pessimistas.

Se nem sempre é fácil viver, no contexto sócio-político-econômico no qual estamos imersos e oprimidos, verdade também é que todos temos nossos "bons momentos".


Momentos em que o amor e a alegria fazem vibrar o nosso coração, renovando a vontade de perpetuar este gosto de eternidade, este gosto de paraíso que, de vez enquando, nos é dado a experimentar.

Viva intensamente os momentos do amor! Deixe a alegria invadir os labirintos obscuros do seu coração, desanuviando as tristezas e as angústias que ele abriga!

Ame a vida, profundamente, como quem busca descobrir os segredos de sua intimidade. Saboreie, na paz do seu espírito, a felicidade que a vida está a partilhar com você.

Você precisa desses "bons momentos": momentos fortes, momentos altos, energizantes, dinamizadores, vitais. Eles serão a sua força na fraqueza das horas difíceis. E você não vai sucumbir, porque vem abastecido de vida, de ressurreição, de alento.

Construa momentos felizes e vença nos momentos difíceis da vida! Você pode ser feliz! Creia e experimente!

Paz e bem.